Uma guerra diferente. Como as Forças Armadas participam no combate à Covid-19
Desinfeção de lares e transporte aéreo de equipamento médico são duas das atividades que os ramos militares têm levado a cabo no país.
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Na guerra à Covid-19 - como a luta contra a pandemia tem sido apelidada por vários membros do Governo - também as Forças Armadas portuguesas estão a ter um papel ativo e importante.
Receber doentes nos hospitais militares, montar tendas de campanha, transportar material médico ou até ajudar na distribuição de alimentos pelas pessoas em situação de sem-abrigo são algumas das missões em que as Forças Armadas têm estado envolvidas nos últimos tempos.
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A célula de crise, que tem como objetivo recolher dados relativos à saúde dos militares e dar resposta às solicitações da Proteção Civil está em funcionamento desde o início de março. À TSF, o Comandante Pedro Serafim explica como tem sido dado apoio ao Serviço Nacional de Saúde.
"Ajudámos a montar o hospital de campanha da Cidade Universitária através da cedência de camas e de outros equipamentos, assim como mais recentemente fornecemos 300 camas para o hospital montado no pavilhão Rosa Mota, no Porto", descreve o comandante.
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As equipas de descontaminação também tiveram intervenção em dois lares "de Resende e Vila Real" e a Força Aérea "já transportou mais de cinco toneladas" de material médico entre Lisboa, Funchal e Ponta Delgada.
Mais recentemente, desde o último sábado, os militares têm ajudado a câmara de Lisboa a distribuir alimentação nas ruas da cidade. "Diariamente, entre as 12h e as 14h e entre as 19h e as 21h são distribuídas refeições por militares do Exército e da Marinha em três locais de Lisboa", que são Santa Apolónia, Praça Paiva Couceiro e no Cais do Sodré.
As refeições são fornecidas pela Câmara Municipal de Lisboa durante a semana e, ao fim de semana, pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.