Uma queixa, mais afluência e apelos ao voto. Um resumo da manhã nas urnas da Madeira
O presidente do PS Madeira Emanuel Câmara apresentou uma queixa alegando que foi violada a regra de que não pode haver campanha, porque alguns membros do Governo Regional terão estado na 2.ª Mostra de Maracujá e Derivados.
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O dia acordou com sol os eleitores da Madeira que votam este domingo para as eleições das quais sairão uma nova composição da Assembleia Legislativa da Região Autónoma e o novo Governo Regional.
O apelo ao voto é uma constante no discurso dos candidatos que, entretanto, já foram votar. Paulo Cafôfo do PS pede aos eleitores que exerçam o direito de voto naquela que considera ser "a eleição mais importante desde o 25 de abril". No mesmo plano, Rui Barreto, candidato pelo CDS, diz que está "maravilhoso nesta nossa bela ilha da Madeira e há todas as condições para que as pessoas votem".
Já Miguel Albuquerque acredita que a Madeira "deve ser das regiões do país em que a abstenção é mais baixa", uma vez que há muitos madeirenses a viver noutros países, mas que votam na região: "Nós temos imensos conterrâneos a viver na Venezuela, na África do Sul, em França, em Inglaterra, no Canadá que têm aqui residência e que estão inscritos".
"Claramente [a abstenção] será inferior a 50%, pelo menos em termos reais", sublinhou.
Edgar Silva, cabeça de lista da CDU, está preocupado com a possibilidade de se registarem irregularidades na contagem dos votos e pede "rigor e lisura".
Na Região da Madeira há mais eleitores do que residentes e isto explica-se com um problema de falta de atualização dos cadernos eleitorais.
Afluência às urnas maior do que em 2015
O representante da República na Região Autónoma da Madeira, Irineu Barreto, apelou este domingo ao voto "para bem da autonomia" e disse ter informações de que a afluência às urnas estava a ser maior do que em 2015.
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"Este ano há uma maior afluência às urnas, pelo menos nas primeiras projeções. As informações que eu tenho é que há filas para votar, o que não acontecia há muito tempo", disse o juiz aos jornalistas.
Acrescentou ainda, até àquela hora (11h00), a afluência às urnas estava a ser "substancialmente maior do que nas últimas eleições", em 2015.
Irineu Barreto falava na Câmara Municipal do Funchal, onde vota juntamente com cerca de 1.200 outras pessoas.
O representante da República disse esperar que esta afluência às urnas que se registou durante a manhã "se mantenha durante o dia e que se possa dizer que, desta vez, a região cumpriu o seu dever e o seu direito".
Por tudo isso, mostrou-se esperançado que esta seja "a mais reduzida abstenção das últimas eleições".
Queixa do PS
Noutro plano, apesar de não haver registo de incidentes nas urnas há quem reclame uma violação da lei. O presidente do PS Madeira Emanuel Câmara apresentou uma queixa alegando que foi violada a regra de que não pode haver campanha, porque alguns membros do Governo Regional terão estado naquilo a que chamou "a festa do maracujá", isto é, a 2.ª Mostra de Maracujá e Derivados.
*com Lusa