Realiza-se hoje, em Fátima, a primeira peregrinação dos reclusos.
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É o milagre de uma dia de liberdade para oito reclusos das prisões portuguesas, na primeira peregrinação a Fátima da pastoral das penitenciárias.
Esta peregrinação realiza-se hoje e junta padres (capelães da prisões), voluntários e alguns antigos e atuais reclusos. Uma iniciativa que quer ser simbólica para a população prisional. É uma pequena peregrinação mas que agrega, em comunhão, toda a população prisional, que conta com 14 mil detidos.
O coordenador nacional da Pastoral penitenciária, o Padre João Gonçalves encara a saída de oito reclusos das prisões para irem ao santuário de Fátima como forma de "recordar os que não estão em Fátima mas que fazem parte da nossa preocupação".
Esta é a primeira peregrinação dos reclusos e tem lugar no ano Santo da Misericórdia "que tem a ver com as pessoas que estão em situação de reclusão".
Uma religiosidade dentro das prisões que se assume de forma diferente do que no mundo exterior.
"Para muitos é uma descoberta de Deus, para outros é uma redescoberta. Muitas vezes Deus ficou esquecido na vida de muita gente. A prisão como é um tempo com muitos tempos de silêncio e de reflexão em que as pessoas vão à procura do essencial e o essencial, as pessoas vão descobrir, é o próprio Deus".
O padre João Gonçalves, da Pastoral Penitenciária adianta que a igreja católica consegue ter um capelão em todas as prisões do país e no final do ano o Papa chamou a Roma reclusos de todo o mundo para uma peregrinação internacional de presos.