Uma experiência imersiva que cruza música, luz, imagem e arquitetura. "Micro/ Macro", do japonês Ryoji Ikeda, a partir de sábado no Museu de Serralves.
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A criação "Micro/Macro", do japonês Ryoji Ikeda, é uma espécie de viagem no tempo, onde são projetadas imagens de tráfego digital, satélite ou ADN.
O artista japonês, em colaboração com o arquiteto Nuno Brandão Costa, criou uma instalação imersiva.
O pavilhão de cor negra, retangular e design simples, foi construído em pleno Parque, próximo à Casa de Serralves. A simplicidade exterior está sintonia com a interior, onde temos no teto um ecrã e no chão um espelho. O silêncio é interrompido pela rápida sucessão de luzes, imagens, cores e caracteres, acompanhados por sons.
Ryoji Ikeda explica que esta obra resulta de muito trabalho de investigação. O artista japonês cria uma "visualização de dados" a partir de informação extraída de fontes tão diversas quanto a NASA, o Projeto do Genoma Humano ou dados de física quântica. Ryoji Ikeda diz que está instalação deve ser vivida diminuam experiência pessoal. "Sou um músico, compositor e um artista visual, também faço arte performativa e aqui é uma mistura de tudo isto. O melhor é não catalogar. Isto é a experiência em si".
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Ryoji Ikeda, é considerado um dos mais importantes compositores eletrónicos e artistas visuais do Japão. "Micro/ Macro" é o culminar de duas décadas de trabalho. "É um trabalho duro! Para ser rigoroso, este trabalho demorou 20 anos. Comecei a imaginar este projeto no ano 2000 e só agora consegui... finalmente! 20 anos!".
O pavilhão foi concebido em colaboração com o arquiteto Nuno Brandão Costa, que destaca a abstração de cor. "É tudo branco e preto, o meu papel foi materializar e encontrar o sítio em Serralves que fosse apropriado para criar a atmosfera pretendida pelo artista. Antes de entrar na sala temos uma sensação de ausência de realidade".
"Micro/ Macro" , as sessões acontecem a cada meia hora e duram 11 minutos. Os visitantes devem tirar os sapatos à entrada., É proibido pisar a placa de inox que está no chão e não é aconselhada a visita por parte de quem sofre de epilepsia.
Esta obra pode ser visitada no jardim de Serralves até novembro de 2023.