
Manuel Lemos
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À TSF, Manuel Lemos, presidente da União das Misericórdias, manifestou a sua satisfação com decisão do Governo de devolver a gestão dos hospitais às Santas Casas.
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O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou hoje que o Governo vai, até ao final do primeiro trimestre de 2012, regularizar as dívidas consideradas mais prioritárias às misericórdias e devolver os 15 hospitais públicos que pertencem a estas instituições, mas que foram nacionalizados depois do 25 de Abril.
Em declarações à TSF, Manuel Lemos, presidente da União das Misericórdias, disse que «acolho com simpatia e grande alegria» esta decisão.
«Tem no fundo um sentido histórico, as misericórdias montaram o sistema de saúde em Portugal e desenvolveram-no quando ainda não havia Estado e depois tem a ver com a circunstância de uma das obras da misericórdia cuidar dos enfermos, portanto isso significa que poderemos melhor fazer a nossa missão», explicou Manuel Lemos.
Os detalhes sobre os serviços vão ser definidos com o Governo, mas Manuel Lemos deixou o aviso de que as misericórdias não abdicam dos seus princípios.
«Vamos conversar sobre isso com dois ou três princípios básicos: primeiro, o interesse das comunidades, depois o interesse do Estado, e de podermos responder a esse interesse com qualidade e segurança, dentro dos nosso princípios e valores porque estamos a falar de misericórdias», referiu.
Sobre o pagamento das dividas, Manuel Lemos sublinhou que é um novo fôlego.
«É um timing que nos agrada muitíssimo e que dá prova do reconhecimento pelo primeiro-ministro e pelo Governo do esforço que as misericórdias estão a fazer para manterem em funcionamento unidades sem nada receberem. Dá-nos mais força para continuar, para abrir mais unidades de cuidados continuados e para recebermos com alegria esses hospitais», sublinhou Manuel Lemos.