Medidas para a substituição das aulas serão comunicadas "oportunamente", garante a instituição.
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A Universidade Católica Portuguesa (UCP) anunciou esta terça-feira a suspensão das aulas presenciais a partir de quarta-feira, e durante duas semanas, nos centros regionais do Porto e de Braga, devido à epidemia de Covid-19.
Em mensagem dirigida aos estudantes, docentes e colaboradores, publicada na página na internet da UCP, a reitora, Isabel Capeloa Gil, explica que nos centros regionais do Porto e de Braga "são suspensas as aulas presenciais por duas semanas", acrescentando que estas faculdades "comunicarão oportunamente as medidas adotadas para a substituição da lecionação", mantendo-se "todas as outras medidas restritivas entretanto adotadas".
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Na sede da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, "são suspensos os eventos com participação externa ('workshops', reuniões, seminários, conferências) por tempo indeterminado".
"Toda a informação qualitativa e quantitativa sobre o evoluir da situação está a ser disponibilizada no 'site' institucional no firme comprometimento de que a prioridade da reitoria é a segurança da comunidade académica", lê-se na mensagem da reitora da UCP.
A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.200 mortos.
Cerca de 117 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 63 mil recuperaram.
Nos últimos dias, a Itália tornou-se no caso mais grave de epidemia fora da China, com 631 mortos e mais de 10.100 contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.
A quarentena imposta pelo Governo italiano ao Norte do país foi alargada a toda a Itália.
O Governo português decidiu suspender todos os voos com destino ou origem nas zonas mais afetadas em Itália, recomendando também a suspensão de eventos em espaços abertos com mais de 5.000 pessoas.
Portugal regista 41 casos confirmados de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).
A DGS comunicou também que em Portugal se atingiu um total de 375 casos suspeitos desde o início da epidemia, 83 dos quais ainda a aguardar resultados laboratoriais.
Segundo a DGS, há ainda 667 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.
Face ao aumento de casos, o Governo ordenou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte, até agora a mais afetada.
Foram também encerrados alguns estabelecimentos de ensino, sobretudo no Norte do país, assim como ginásios, bibliotecas, piscinas e cinemas.
Os residentes nos concelhos de Felgueiras e Lousada, no distrito do Porto, foram aconselhados a evitar deslocações desnecessárias.