Uma das hipóteses é um modelo "híbrido" de aulas presenciais e online. Reitor estima défice de seis a sete milhões de euros.
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Preparado para o pior, à espera que aconteça o melhor. Para o reitor da Universidade de Coimbra (UC), se tudo correr bem, no próximo ano letivo as aulas presenciais voltam à normalidade. Caso contrário, "seguindo as indicações do Governo e das autoridades de saúde", Amílcar Falcão explica que o ensino vai ser "híbrido, onde temos uma componente não presencial, porque não conseguimos aguentar tudo presencial, nem devemos manter tudo não presencial".
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A UC está também a estudar de que forma pode voltar a ter algumas aulas presenciais ainda este semestre. "Estamos a um mês e meio de acabar as aulas. Mas, por exemplo, as aulas de segundo e terceiro ciclo e as aulas práticas gostaria que fossem lecionadas para podermos testar a nossa forma de reação e de metodologia que poderemos vir a adotar para o próximo ano letivo", indica o reitor.
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Se até ao final do ano civil o sistema de ensino presencial não voltar, Amílcar Falcão prevê que haja um défice de seis a sete milhões de euros. Isto porque além da quebra de receitas em várias áreas, como o turismo, "nos serviços de ação social, só pela paragem de não termos cá os estudantes, nas residências e nas cantinas, temos um défice de 300 mil euros por mês", revelou o reitor.
Amílcar Falcão destacou ainda que a UC já gastou muito dinheiro em tablets e cartões de dados para os alunos assistirem a aulas à distância e criticou o Governo por não haver apoio para as instituições de ensino superior nesta área.
As universidades têm de entregar até à próxima semana um plano de levantamento de medidas de contenção ao Ministério da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior. A tutela deu a indicação que quer o regresso de aulas presenciais a partir de maio.