O caso foi confirmado pelo reitor António Cruz Serra que considera inadmissível comportamentos xenófobos dentro da instituição.
Corpo do artigo
A Universidade de Lisboa vai abrir um processo de averiguações num caso de comentários xenófobos dirigidos a estudantes brasileiros de mestrado ocorrido e atribuído a um grupo de humor e sátira da Faculdade de Direito.
TSF\audio\2019\04\noticias\29\filipe_santa_barbara_xenofobia
Questionado pela TSF, o reitor da Universidade de Lisboa garante que vai abrir "um processo que começará por ser de averiguações". "Não toleramos a xenofobia", sublinha António Cruz Serra.
A denúncia foi feita por uma aluna brasileira, Flora Almeida. A estudante do primeiro ano do mestrado de Direito daquela faculdade identifica os autores do ato xenófobo. "O grupo que se domina de tertúlia na faculdade está insatisfeito com o processo de seleção da faculdade. Dizem que os brasileiros têm notas melhores na licenciatura e que por isso são privilegiados quando concorrem ao mestrado", explicou Flora Almeida à TSF, que garantiu que este grupo não está na corrida às eleições académicas.
A aluna garantiu ainda que nunca tinha sentido até agora nenhuma atitude xenófoba desde que chegou a Portugal. No entanto, já ouviu alguns relatos. "Fui muito bem recebida pelos portugueses mas ouvi velhos casos de alunos que sofreram com professores. Deram notas mais baixas por serem brasileiros", revelou.
Em causa está a exposição nos corredores da faculdade de cartazes com frases de teor xenófobo. Colado a uma caixa de madeira colocada no chão, lia-se num cartaz: "Grátis se for para atirar a um zuca (que passou à frente no mestrado)".
1122858775717851136
Notícia atualizada às 21h50