
Depois da criação do Consórcio do Norte, que juntou as universidades do Porto, Minho e Trás-os-Montes e Alto Douro, este ano vai ser concretizado o Consórcio das Universidades do Centro, que vai unir Aveiro, Coimbra e Beira Interior (Covilhã).
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Os reitores consideram que, só assim, será possível alcançar a necessária internacionalização e ganhar força junto do governo, que tem vindo, de ano para ano, a diminuir o financiamento às universidades portuguesas.
O primeiro desafio passa por aproveitar melhor os fundos comunitários. «Com trabalho coordenado esperamos ser mais eficazes do que Portugal foi nos últimos anos. Desperdiçou muita coisa», refere o reitor da Universidade de Coimbra.
Gabriel Silva espera ganhar maior capacidade negocial com o governo e que «as palavras correspondam mais aos atos, sobretudo no momento da aprovação do orçamento».
Uma ideia apoiada por Manuel António Assunção. O reitor da Universidade de Aveiro vê o aumento da intervenção das universidades, a favor da economia e da sociedade: «A atividade de lobbying melhorará com a junção de forças, porque atuando em conjunto colocaremos de pé projetos que fazem mais sentido».
Quanto à fusão de cursos que este consórcio pode trazer, o reitor afirma que «desde que leve a uma melhor missão por parte das universidades» é um assunto a colocar em cima da mesa, mas confessa que «não é uma prioridade», pois «existem outras questões que devem merecer primeiro a nossa atenção». Uma delas é a internacionalização das universidades.