Ouvido na TSF a propósito do funcionamento das urgências dos hospitais, o antigo diretor-geral de Saúde denuncia ainda a prática de contratar médicos temporários para as urgências.
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Constantino Sakellarides, antigo director geral de Saúde, está convencido que se existissem mais unidades de saúde familiares as urgências dos hospitais podiam funcionar com menos problemas.
Numa altura em que as atenções se viram para as urgências hospitalares, em especial para as urgências do Hospital Amadora-Sintra, Constantino Sakellarides critica a opção do ministro da Saúde de limitar o aparecimento das unidades de saúde familiares mas condena também o recurso a médicos contratados temporariamente.
Ouvido pela TSF, o antigo director geral de Saúde diz ainda que o ministro Paulo Macedo travou a reforma dos cuidados de saúde primários e, desta forma, criou ainda mais dificuldades na resposta hospitalar.
Sakellarides sublinha que a maioria dos casos que chega aos hospitais nesta época não é urgente e que se existissem mais unidades de saúde familiares, que atendem os doentes no próprio dia, minimizava-se a corrida às urgências hospitalares.