Em junho, o Ministério da Saúde admitiu que, por falta de clínicos, essas urgências iriam encerrar de forma rotativa.
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O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) denuncia que as urgências de obstetrícia de quatro hospitais da região de Lisboa continuam sem médicos para garantir, sem interrupções, o serviço durante o verão.
Em junho, o Ministério da Saúde admitiu que, por falta de clínicos, essas urgências iriam encerrar de forma rotativa. Depois, no inicio deste mês, a ARS de Lisboa e Vale do Tejo garantiu que essa hipótese estava posta de lado, comprometendo-se a reforçar os quadros de anestesistas, pediatras e obstetras.
O SIM garante que isso não aconteceu. Roque da Cunha, presidente do sindicato, descreve uma solução de recurso que em nada se assemelha ao que foi prometido: "Na véspera do mês de agosto, e particularmente ao Hiospital de Santa Maria, verifica-se que, na necessidade objetiva de cinco especialistas nas escalas, as escalas, na esmagadora maioria dos dias, têm três profissionais que nem são especialistas, são internos."
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Perante este quadro, o presidente do SIM recomenda cautela aos médicos que estão a assegurar as urgências de obstetrícia e deixa um apelo aos responsáveis pelos hospitais em causa: que o "conselho de administração não pressione os médicos no sentido de os obrigar a trabalhar nestas condições, que põem em causa a segurança, porque a responsabilidade é sempre dos médicos".
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O Sindicato Independente dos Médicos pede, portanto, aos conselhos de administração dos hospitais de Santa Maria, São Francisco Xavier, Amadora-Sintra e da Maternidade Alfredo da Costa que decidam não abrir as urgências ao exterior em caso de falta de especialistas.