Urgências encerradas. Ministra revela plano de contingência para os meses do verão
Marta Temido admite que uma das soluções passa por contratar mais médicos que estejam dispostos a integrar o SNS e assume que, embora não seja novo, o problema está a manifestar-se de uma forma "mais aguda e nítida".
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A ministra da Saúde, Marta Temido, admite que os constrangimentos registados em várias urgências de norte a sul do país, sobretudo na área de Obstetrícia, não são um problema novo e por isso vai lançar um plano de contingência a curto prazo.
Depois de ter estado reunida com administradores hospitalares, sindicatos e Ordem dos Médicos, Marta Temido revelou aos jornalistas a criação do plano articulado para os meses do verão.
"Há um plano de contingência para junho, julho, agosto e setembro com funcionamento mais articulado, antecipado e organizado em rede das urgências do SNS, eventualmente com questões remuneratórias associadas", garantiu.
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"Sabemos que estes constrangimentos, não sendo de hoje, estão agora numa fase mais nítida e aguda", assumiu a Marta Temido, que assumiu ainda a vontade de encontrar "potenciais formas de melhorar articulação" com os privados para ultrapassar problemas como o que se regista atualmente em várias unidades do país.
Tal como admitiram os sindicatos dos médicos, a ministra também admite que este não é um problema sazonal, mas sim estrutural, manifestando-se agora com outra "gravidade" e "magnitude".
Nesta declaração aos jornalistas, a partir do Ministério da Saúde, onde decorreram uma série de reuniões, Marta Temido afirmou ainda que será lançado já na próxima semana um novo concurso com vista à contratação de todos os especialistas que "aceitem ser contratados pelo SNS", admitindo, face às condições, o "trabalho pesado" no serviço público de Saúde.