
Hospital de Viseu
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O porta-voz da Comissão de Utentes do Hospital de S. Teotónio entende que esta é uma situação que reflete as poupanças que estão a ser feitas no Serviço Nacional de Saúde.
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As urgências oftalmológicas do Hospital de Viseu estão a funcionar a meio gás, o que está a obrigar muitos utentes a acabarem por se deslocar a Coimbra, a 200 quilómetros de distância.
Em declarações à TSF, o filho de um homem de 74 anos que teve problemas oftalmológicos explicou que foi informado que as urgências oftalmológicas do Hospital de S. Teotónio deixavam de funcionar a partir das 16:00.
Sem oftalmologista em Viseu, o doente, que tinha acordado com os olhos raiados de sangue, foi enviado para Coimbra de ambulância, a quase 200 quilómetros, uma viagem que acabou por ser feita em vão.
«Chegados aos Hospitais da Universidade de Coimbra, deparei-me com uma situação caricata: uma vez que tinha a vista raiada não lhe podiam fazer qualquer tipo de exame e teria de regressar a Viseu», explicou João Gomes.
O porta-voz da Comissão de Utentes do Hospital de Viseu explicou que esta situação é um reflexo das poupanças do Serviço Nacional de Saúde.
«A primeira prioridade deixou de ser as pessoas, passou a ser o poupar. E há uma situação absolutamente inconcebível: hoje é o serviço de oftalmologia e amanhã será outro serviço qualquer até que haja um acidente grave», adiantou António Vilarigues.
Para esta porta-voz, com este tipo de situações «as pessoas deixam de ter resposta em lado nenhum», sendo que perante centros de saúde fechados são «descarregados» em urgências de hospitais que não os atendem.