Usar viseiras em alternativa às máscaras? Ordem dos Médicos alerta para riscos
Bastonário apela ao Governo que altere, com urgência, a legislação que publicou sobre este tema, porque viseiras e máscaras não são a mesma coisa.
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O Conselho de Escolas Médicas Portuguesas e a Ordem dos Médicos alertam para os riscos, em termos de saúde pública, que a utilização de viseiras, em alternativa às máscaras, pode trazer.
Miguel Guimarães, bastonário da Ordem dos Médicos, apela ao Governo que altere, com urgência, a legislação que publicou sobre este tema, porque viseiras e máscaras não são a mesma coisa.
"Com a utilização de máscaras conseguimos conter, utilizando também obviamente as outras medidas preconizadas pela Direção-Geral da Saúde, a transmissibilidade da infeção. A viseira, por outro lado, não tem estudos científicos que mostrem que tem um grau de proteção elevado como têm as máscaras, por exemplo", explicou à TSF Miguel Guimarães.
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O presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, determinou que, a partir desta segunda-feira, será obrigatório o uso de máscara para quem quiser entrar, circular ou permanecer no Parlamento, num despacho no âmbito da pandemia de Covid-19.
Na comunicação, o presidente da Assembleia da República refere que há a possibilidade de apenas ser usada a viseira, em detrimento da máscara, o que vai contra a recomendação dos médicos e também da Direção-Geral da Saúde.
Portugal entrou domingo em situação de calamidade, que se traduz na aplicação faseada de medidas de desconfinamento, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.
Portugal contabiliza 1.063 mortos associados à covid-19 em 25.524 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.
*Lusa