Funcionária bancária é acusada de burlar idosos, mas também de usar contas de falecidos para ganhar prémios.
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O Ministério Público quer levar a julgamento uma mulher, funcionária de um banco, pelos crimes de burla informática e nas comunicações, falsidade informática, falsificação, abuso de confiança e acesso ilegítimo.
A arguida, funcionária bancária até 2017, é acusada de ter burlado idosos e até contas de clientes já falecidos, enganando, na prática, também, o próprio banco onde trabalhava.
Apercebendo-se que havia contas com titulares que pela avançada idade já teriam certamente morrido, a funcionária terá usado "os valores aí depositados para fazer aberturas, mobilizações e reembolsos de contas a prazo, subscrições e ordens de venda de Unidades de Participação de um Fundo, subscrições de produtos do banco e abertura de contas trânsito e de títulos".
O objetivo da funcionária era chegar aos objetivos comerciais dados aos funcionários da empresa e destacar-se perante os colegas, ganhando os prémios previstos para quem os atingisse.
Além de usar contas de mortos a mulher é acusada de fazer o mesmo com contas de idosos de idade avançada que apresentavam movimentos esporádicos nas contas.
Segundo o DIAP de Lisboa, os métodos usados passavam por preencher ela própria e assinar os documentos de suporte das operações ou pela adulteração do valor dos cheques assinados pelos titulares.
Outra técnica era dar aos clientes os documentos sem lhes explicar aquilo que estavam a assinar ou levando estes a assinar algo que afinal era diferente do que pensavam.
O Ministério Público acredita que a mulher ganhou com estes esquemas quase 194 mil euros.
Agora acusada, a arguida está com termo de identidade e residência.