Vacinas e testes para entrar? Promotores de espetáculos acham bizarro, discotecas aceitam
Ao sair da reunião com o Governo, André Ventura afirmou que em bares, discotecas e grandes eventos, o executivo está a ponderar um "controlo cumulativo". De acordo com o líder do Chega, está a ser ponderada a exigência de um certificado de vacinação e de um teste negativo.
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É um hipotético apertar de regras recebido de formas diferentes entre os empresários da noite e os promotores de espetáculos.
O Governo só na próxima quinta-feira deverá anunciar a decisão. Até lá, Álvaro Covões, porta-voz da Associação de Promotores de Espetáculos, Festivais e Eventos prefere que tudo não passa de um "diz que disse" com autoria do presidente do Chega.
É bizarro. A nossa expectativa é que as regras se mantenham
Álvaro Covões afirma que as normas atualmente aplicadas nos espetáculos já são as mais apertadas no país uma vez que "é necessária a apresentação do certificado digital válido ou um teste negativo e o uso de máscara obrigatório".
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Álvaro Covões diz ainda que lhe parece ser "bizarra" a exigência de vacinação e um teste negativo e por isso mesmo, afirma o promotor de espetáculos "a nossa expectativa é que as regras se mantenham".
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Já no setor das discotecas, o ambiente parece ser de algum alívio perante a notícia.
"É um modelo que já está a ser utilizado em alguns países da Europa e na Madeira"
Ouvido pela TSF, o presidente da Associação Nacional de Discotecas afirma que o receio era que surgissem "outras medidas mais restritivas e mais drásticas" que poderiam ser "catastróficas" para o setor.
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Perante a dupla exigência: vacina e teste negativo, José Gouveia, presidente da associação que representa as discotecas, lembra que este sistema "é um modelo que já está a ser utilizado em alguns países da Europa e na Madeira" e afirma que "é exequível".
Desta forma, diz o empresário, são medidas "que permitem manter a situação tal como ela está", ou seja, os negócios abertos, e assim "são do nosso agrado".