"Vai haver novidades." Governo promete "maior critério" na exploração de aterros de lixo
As populações de localidades como a Azambuja, Valongo e Sesimbra têm contestado os aterros com lixo vindo do estrangeiro junto às suas habitações.
Corpo do artigo
O ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, prometeu que o Governo irá esclarecer, ainda esta segunda-feira, tudo o que está a fazer para melhorar a situação no aterro da Azambuja.
"Ainda hoje vai haver novidades sobre essa matéria", garantiu o ministro, questionado, esta manhã, em Loulé.
Esta segunda-feira, a população da Azambuja organizou um protesto contra a exploração do aterro no município, que afirmam estar a tornar-se num "problema de saúde pública". Os moradores falam uma "montanha de lixo" e assume estar a ficar assustada.
11778639
Matos Fernandes revelou mesmo que a Azambuja não é o único caso de aterros de lixo que têm merecido contestação por parte das populações, e que já estão a ser tomadas medidas para atenuar a situação.
"Tem sido feito um trabalho muito grande. Há 15 aterros que estão a ser alvo da nossa particular atenção", indicou o ministro, apontando como exemplo as situações em Sesimbra, Valongo e Azambuja, das quais têm recebido muitas queixas por parte dos habitantes.
TSF\audio\2020\02\noticias\03\joao_pedro_matos_fernandes_1
O ministro do Ambiente lembrou que as atuais licenças só estarão em vigor até ao próximo mês de maio e assegurou que haverá maior critério na atribuição dos contratos para o lixo proveniente do estrangeiro.
"As licenças que já estavam emitidas são válidas até maio e os novos pedidos estão a ser vistos com muito maior critério", afirmou Matos Fernandes. "Foi exarado um despacho e, desde o início deste ano, para analisar a importação de resíduos, o princípio que preside é o da objeção", acrescentou.
TSF\audio\2020\02\noticias\03\joao_pedro_matos_fernandes_2
O ministro assume que a importação de resíduos tem crescido com muita expressão. Apesar de o lixo proveniente do estrangeiro representar apenas 2% a 3% dos resíduos depositados em Portugal, "houve um crescimento de 60 mil toneladas em 2017 para 250 mil toneladas em 2019". No entanto, são números que deverão estabilizar. "Não vai crescer mais", garantiu Matos Fernandes.