"Vamos encerrar o país todo?" Associação Nacional de Discotecas pede mais policiamento no exterior
O Ministério da Administração Interna decretou o encerramento de duas discotecas e um bar por "prática de crimes graves".
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A Associação Nacional de Discotecas considera excessiva a medida do Ministério da Administração Interna que esta quarta-feira decretou o encerramento por seis meses de três espaços de diversão noturna: o Club Vida (Albufeira), o Kady"s Bar (Almada) e o AfterPorto (Porto).
A decisão do Ministério da Administração Interna surge após a morte de uma jovem de 19 anos, esfaqueada à porta do espaço de diversão noturna em Albufeira, no último fim de semana. O Ministério afirma que a deliberação vem na sequência de a GNR e a PSP terem recolhido a "prova da prática de factos graves, designadamente de natureza criminal, que, estando diretamente associados à atividade destes estabelecimentos, coloca em causa a ordem, a segurança e a tranquilidade públicas".
O presidente da Associação, José Gouveia, sublinha que desconhece esses "factos" e sublinha que o crime em Albufeira não ocorreu no interior da discoteca.
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"Onde é que está a responsabilidade da discoteca?", questiona José Gouveia. E responde: "Não existe, até porque a segurança do estabelecimento não pode atuar no exterior", sublinha, lembrando que alguns seguranças no passado foram sancionados por assumir essa atitude.
A Associação defende que as discotecas que não cumpram as regras estabelecidas sejam sancionadas, pede mais policiamento no exterior e que os horários dos estabelecimentos noturnos estejam bem definidos pelas câmaras municipais.
Em Lisboa, por exemplo, na zona ribeirinha o horário é livre, enquanto no resto da cidade as discotecas têm de encerrar às 06h00 e os bares às 04h00.