O editor da Quetzal refere que a escritora foi uma "vanguardista", "imprevisível nas suas opiniões".
Corpo do artigo
O editor Francisco José Viegas recorda o legado de Agustina Bessa-Luís, sublinhando que a escritora que morreu esta segunda-feira, foi "desalinhada" ideologicamente e "imprevisível" nas suas opiniões.
"Ela foi muito prejudicada. As suas posições eram mais desalinhadas e a Agustina foi uma vanguardista, ou seja, ela foi feminista e isso está na ordem do dia. Não foi conveniente durante algum tempo. Acho que a Agustina era uma pessoa imprevisível nas suas opiniões e portanto uma pessoa muito enquadrável quando falava da situação política", afirma à TSF o editor da Quetzal, que destaca uma das principais obras da escritora.
TSF\audio\2019\06\noticias\03\francisco_jose_viegas_1_13h
"Um dos livros absolutamente geniais de Agustina é "Corte de Norte" do ponto de vista literário, uma obra que João Botelho adaptou ao cinema e que estabelece os tratos comuns dos retratos de Portugal", disse.
TSF\audio\2019\06\noticias\03\francisco_jose_viegas_2_13h
Para Francisco José Viegas, não há dúvidas sobre o génio e a capacidade literária de Agustina, da qual vamos sentir falta.
"O génio de Agustina de que já andávamos a sentir falta, um génio vivo, presente, a sua capacidade de rir é o que vamos sentir falta."
TSF\audio\2019\06\noticias\03\francisco_jose_viegas_3_13h