A nível nacional, a variante identificada no Reino Unido representa cerca de 30% dos casos.
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A variante britânica do SARS-CoV-2 representa já 50% dos casos de infeção detetados na área metropolitana de Lisboa, revela um documento da Direção-Geral de Saúde, que cita dados do laboratório Unilabs .
De acordo com os dados apresentados, a variante identificada no Reino Unido representa também, em termos globais, "cerca de 32,2%" das infeções em Portugal.
Os mesmos dados foram citados pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, esta quinta-feira, no Parlamento, onde sublinhou que "ultrapassámos os sete milhões de testes".
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O mesmo documento refere também que, "se for confirmado o aumento da letalidade" da variante britânica, é "expectável um aumento da letalidade em Portugal nas próximas semanas".
No que diz respeito à variante da África do Sul, a DGS revela que foram identificados dois casos no país: um primeiro em Lisboa, que já está recuperado, e um outro, seu coabitante, "igualmente vigiado e sem outros casos secundários conhecidos".
"A vigilância epidemiológica e laboratorial de casos importados da África do Sul será mantida, não existindo à data evidência de transmissão comunitária desta variante em Portugal", salienta.
A DGS ressalva, contudo, que "existem limitações inerentes a dados provenientes apenas de um laboratório e podem não ser representativos".
É ainda citado o relatório no NervTaga de 21 de janeiro que indica que a variante associada ao Reino Unido apresenta maior transmissibilidade quando comparada com outras variantes, como tem vindo a ser reconhecido internacionalmente.
Recentemente, com base em diferentes estudos realizados, identificou-se a possibilidade de que esta variante seja também mais letal.
Segundo um estudo da Public Health England, os indivíduos infetados com a variante detetada no Reino Unido tiveram um risco de morte de 1,65 vezes superior, quando comparado com os doentes infetados com outras variantes.
O estudo ressalva que "existem limitações importantes a estes resultados, nomeadamente a sua baixa representatividade.
"Apesar destas informações, o risco global de morte por Covid-19 mantém-se reduzido", sublinha.