Cartaz do evento tornou-se possível graças ao orçamento participativo mais votado a nível mundial, nesta terra que é um exemplo nacional de integração.
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De 8 a 17 de outubro é de comer e de chorar por mais. Águeda recebe a primeira edição da Feira das Lambarices, uma mesa farta em doces tradicionais, polvilhados com muita música e outras diversões. É mais um projeto da associação de Vale Domingos, a aldeia "onde ninguém queria entrar", mas que é hoje um exemplo nacional de integração social
O cartaz foi confecionado a partir de um orçamento participativo que é, até hoje, o mais votado a nível mundial, a partir de Vale Domingos, a aldeia com pouco mais de 300 habitantes, que desenvolveu vários projetos que transformaram a comunidade e a paisagem.
Esse é o sabor mais forte entre tanta lambarice, explica Ricardo Rodrigues, o presidente da associação que tem assistido às mudanças na aldeia. Mais de um terço da população local é de etnia cigana, hoje perfeitamente integrada nas rotinas e no desenvolvimento local.
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Tudo começa em 2015, quando a comunidade recuperou um baldio que é agora um parque botânico, candidato a ter o maior número de magnólias do mundo. "Queremos ser os maiores em qualquer coisa, que sejam as magnólias." Faltam 27 espécies para lá chegarem.
Agora, plantam-se outros ingredientes, do Morgado do Bussaco, ao pão de ló, dos ovos moles aos bairradinos, do bolo negro ao bolo cigano, o que não falta são muitas lambarices.