Siza Vieira fala da salvaguarda da atividade das companhias em que a empresária tinha participações.
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O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira considera que a venda das posições de Isabel dos Santos em empresas portuguesas foi um "bom passo" por parte da empresária angolana. Em entrevista à Reuters , Siza Vieira explica que, assim, é possível "evitar impactos negativos na reputação da atividade destas companhias".
SAIBA TUDO SOBRE O CASO LUANDA LEAKS
"A sua vontade em desinvestir tão rápido ajuda", admitiu o ministro na entrevista. "É um bom passo porque queremos evitar impactos negativos na reputação da atividade destas companhias", sublinhou o governante enquanto reforçava a necessidade de deixar que a investigação siga o seu curso.
Siza Vieira comentou ainda que "a sociedade tornou-se mais intolerante para com a corrupção, falta de transparência e evasão fiscal".
O Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação (ICIJ) revelou em 19 de janeiro mais de 715 mil ficheiros, sob o nome de 'Luanda Leaks', que detalham esquemas financeiros de Isabel dos Santos e do marido, Sindika Dokolo, que terão permitido retirar dinheiro do erário público angolano, utilizando paraísos fiscais.
Isabel dos Santos, constituída arguida pelo Ministério Público de Angola por suspeita de má gestão e desvio de fundos da companhia petrolífera estatal Sonangol, disse estar a ser vítima de um ataque político.
A empresária refutou diversas vezes o que descreveu como "alegações infundadas e falsas afirmações" e anunciou que vai avançar com ações em tribunal contra o ICIJ, que divulgou o processo 'Luanda Leaks'.