O custo elevado dos bens essenciais e as faltas de stock constantes estão a obrigar os venezuelanos a comer menos, e pior.
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87 por cento dos inquiridos numa sondagem, levada a cabo por três universidades venezuelanas, considera o ordenado que recebe insuficiente para comprar comida. O ordenado mínimo ronda agora os 20 por cento do custo de vida mensal de uma família de cinco pessoas, segundo um dos grupos de monitorização.
O estudo, que avaliou 1,500 famílias, deu também conta do aumento de carboidratos na alimentação e que 12 por cento dos agregados não conseguem fazer três refeições diárias.
Durante o governo de Hugo Chavez a alimentação das camadas mais pobres da população foi subsidiada com as receitas do petróleo venezuelano, mas o sucessor, Nicolas Maduro, teve de enfrentar a queda do preço do petróleo, fonte principal de receita das exportações do país, que precipitou a entrada da Venezuela numa recessão económica.
O fotógrafo venezuelano Carlos Garcia Rawlins foi conversar com algumas destas famílias e fotografar a comida disponível na casa de cada uma.