Apedrejamento e carga policial durante ação de campanha de Ventura em Setúbal
Várias pessoas foram detidas e um repórter de imagem da TVI ficou ferido.
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O candidato presidencial do Chega foi esta quinta-feira apedrejado à saída de um comício no Cinema Charlot em Setúbal por algumas dezenas de manifestantes, na sua maioria cidadãos de etnia cigana.
O corpo de intervenção da Polícia de Segurança Pública esteve no local e forçou os manifestantes a dispersarem, em ambiente de grande tensão, exibindo os bastões.
Os manifestantes gritavam "fascista" e "racista" e quando André Ventura chegou atiraram-lhe um isqueiro e um ovo. À saída o cenário piorou, mas nenhum objeto acertou em André Ventura.
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À TSF, o comandante distrital, Viola Silva, disse que foram também arremessados "objetos metálicos cortantes".
O comandante garante que a polícia agiu de acordo com a lei e que só usou a força quando necessário para "limpar a rua".
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Logo após o arremesso de pelo menos uma pedra e outros objetos, os seguranças privados de André Ventura protegeram o candidato presidencial até ao interior de uma viatura, que arrancou do local.
As candidatas presidenciais Ana Gomes e Marisa Matias já reagiram aos acontecimentos. Ana Gomes diz ser "contra qualquer tipo de protesto violento contra qualquer candidato" e diz não aceitar que alguém atue de forma violenta em seu nome.
Sou contra qualquer tipo de protesto violento contra qualquer candidato. Ninguém actua de forma violenta em meu nome.
- Ana Gomes (@AnaMartinsGomes) January 21, 2021
No mesmo plano, Marisa Matias diz que "não se derrota o ódio com violência" e lembra que a extrema-direita deve ser vencida "na luta democrática".
Não se derrota o ódio com violência. Somos um país melhor do que o candidato da extrema-direita e seremos capazes de o vencer na luta democrática.
- Marisa Matias (@mmatias_) January 21, 2021
Também o candidato apoiado pela Iniciativa Liberal (IL), Tiago Mayan, recorreu ao Twitter para reagir.
"Condeno totalmente qualquer forma de violência, ameaça ou coação, venham de onde vierem, dirijam-se a candidatos, jornalistas ou quaisquer outros cidadãos", escreveu Tiago Mayan Gonçalves.