Deputada municipal apela à criação de sombras e aspersores na JMJ. "Bombeiros a regar peregrinos deve ser último recurso"
Todos estão preocupados com o calor, mas não há "soluções", lamenta Isabel Mendes Lopes.
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Face ao expectável calor de agosto, a falta se sombras no Parque Tejo e no Parque Eduardo VII para os peregrinos é uma preocupação na Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
Isabel Mendes Lopes, deputada do Livre na Câmara Municipal de Lisboa, tem vindo a alertar para a necessidade de se criarem zonas de sombras e de arrefecimento, mas até agora nada foi feito nesse sentido.
"Quem tem a experiência de vir à Feira do Livro sabe que o Parque Eduardo VII não é uma zona muito convidativa quando está muito calor e muito sol", nota a deputada em declarações à TSF. "Vamos ter três grandes eventos aqui no parque Eduardo VII, todos ao final da tarde, portanto, o calor também vai ser um problema nesta zona da cidade."
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"Temos de garantir mais zonas de sombra, temos de garantir mais zonas de arrefecimento e mais zonas onde as pessoas se possam refugiar do calor. E isso não me parece que esteja previsto", lamenta Isabel Mendes Lopes.
No caso do Parque Tejo, a colocação de estruturas pode condicionar a visibilidade para o altar-palco e para o Papa, mas a deputada acredita que podem "colocadas sombras estrategicamente".
Outra opção seria "utilização de água com aspersores para diminuir a temperatura do ar no recinto", o que também não está previsto.
"Há preocupação, mas depois não há soluções. Toda a gente sabe que o calor é um problema, tanto do lado da câmara municipal como do lado do Governo. Essa preocupação tem sido expressa, mas depois não são apresentadas soluções para combater o calor", lamenta a deputada.
Com a onda de calor que Madrid atravessa os bombeiros ajudaram a manter frescas pessoas na rua, mas esta deve ser uma solução "de último recurso", defende Isabel Mendes Lopes. "Bombeiros a regar peregrinos quando se calhar vamos estar a assistir a incêndios no resto do país também não é uma boa imagem que queremos passar", aponta.
"Esta não é só uma questão de bem-estar dos peregrinos, é uma questão que também influencia o nosso Serviço Nacional de Saúde", devido ao risco de problemas como golpes de calor, desidratações ou insolações.