Rui Raposo diz à TSF que o peru não vai faltar devido aos stocks existentes e a possíveis importações de Espanha.
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Os veterinários da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) estão em greve de 19 a 30 de dezembro e pode ter reflexos na mesa do Natal. Embora o peru não vá faltar, pode ser espanhol.
"Estão a surgir dificuldades no fornecimento de carne ao mercado. Há necessidade de recorrer a stocks já existentes, por não haver matanças em vários matadouros, ou há o recurso a importações de peças abatidas a Espanha", refere à TSF Rui Raposo, da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas.
O sindicalista não acredita que exista falta de peru para o Natal, exatamente por essas questões, ainda que a adesão à greve tenha sido significativa.
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"Nomeadamente nos matadouros de menor dimensão, da ordem dos 80% a 90%. Em matadouros de suínos e aves, a adesão à greve é da ordem dos 50%. E nos maiores matadouros, onde estão a exercer funções muitos tarefeiros, aí a adesão à greve é menor", disse Rui Raposo.
Face à paralisação, o Governo decretou serviços mínimos que, segundo o sindicalista, estão a ser cumpridos, ainda que só abranjam situações de bem-estar animal, catástrofes ou abates sanitário.
"Garantem aquilo que são situações de urgência no abate das espécies. E, para isso, estão em cada direção-regional a cumprir serviços mínimos um inspetor e um auxiliar de inspeção que atuarão se eventualmente houver um chamado abate de urgência: um abate sanitário, uma rês que sofreu um acidente e está em sofrimento. Situações desse género", explica Rui Raposo.