As instalações do FC Porto e também a casa de Antero Henrique, diretor-geral da SAD e vice-presidente do clube, foram alvo de buscas no âmbito de uma mega operação relacionada com empresas de segurança. Foram detidas 15 pessoas. Antero Henrique não é uma delas.
Corpo do artigo
Em comunicado, a Procuradoria Geral da República afirma que a operação está relacionada com atividades ilícitas no âmbito da segurança privada em estabelecimentos de diversão noturna. Em causa suspeições da prática de vários crimes, entre os quais associação criminosa, segurança privada ilegal, coação, extorsão e ofensas à integridade física e posse de armas proibidas.
O comunicado refere também que nesta mega operação foram levadas a cabo 50 buscas em várias zonas do país e que foram detidas 15 pessoas, duas delas em flagrante delito.
Segundo o Jornal de Notícias, um desses detidos é Eduardo Silva, diretor da SPDE, a empresa que faz a segurança no Estádio do Dragão.
Quem confirma que foi alvo de buscas é o FC Porto. Em comunicado o clube afirma que no "âmbito de uma operação de investigação relacionada com a actividade da empresa de segurança que presta serviços ao nosso clube, o FC Porto informa que foi objecto de buscas nas suas instalações, bem como na morada do seu vice-presidente Antero Henrique".
No curto comunicado é afirmado que o "FC Porto e o seu vice-presidente continuam inteiramente disponíveis para colaborar com a justiça".
O inquérito está a ser liderado pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal que é coadjuvado pela PSP. Em comunicado, a polícia também avança com alguns pormenores: a operação arrancou ainda de madrugada e foram apreendidas 40 armas, cerca de 121 mil euros em dinheiro e 10 viaturas.
Os detidos vão ser apresentados amanhã no Tribunal Central de Instrução Criminal para interrogatório e aplicação de medidas de coação.