"Vimos o elevador a vir de cima completamente desenfreado, não tinha travões"
Teresa Davó estava perto do local do descarrilamento do elevador da Glória e conta à TSF como tudo aconteceu
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O descarrilamento do elevador da Glória, na tarde desta quarta-feira, fez 15 mortos e 18 feridos, mas também provocou o medo e o alvoroço entre as pessoas que estavam perto do local do acidente.
Teresa Davó estava perto do elevador da Glória quando tudo aconteceu. "Estava aqui em baixo junto ao quiosque, perto do elevador da Glória, a falar com um colega meu normalmente, quando ouvimos um estrondo, apercebemo-nos. Atenção que houve duas situações. O elevador de baixo e, à posteriori, o de cima. Nós alertámo-nos, porque o de baixo estava a chegar e cerca de 1,5 metros, não foi mais do que isso, dá-me a impressão que ficou ou sem travão ou sem cabo, alguma coisa, e embateu fortemente contra a calçada. As pessoas que estavam lá dentro, ele estava cheio, começaram a gritar assustadas. Eu e o meu colega dissemos ‘bem, vamos ajudar’", conta à TSF.
O pior foi o que aconteceu a seguir: "No momento em que vamos para ir ajudar, vimos o outro elevador a vir de cima completamente desenfreado, ou seja, não à velocidade normal do elétrico, completamente desenfreado, não tinha travões. Nós obviamente com medo, como as pessoas todas estavam ali, fugimos para este lado da Avenida. Eu lembro-me ainda de olhar e de ver - eu vi o embate mesmo contra o prédio - antes do embate, estava pelo menos uma pessoa no passeio nesse momento."
Teresa Davó explica que as autoridades e as operações de socorro chegaram rapidamente ao local.
"Foi tudo muito rápido, muito rápido. Passados 20 minutos, às 18h20, ou seja, um quarto de hora depois de ter acontecido, já estavam aqui os carros de urgência do INEM, já estava a polícia", disse.
O elevador da Glória, em Lisboa, descarrilou esta quarta-feira, e provocou 15 mortos e 18 feridos.
Num balanço das operações no local realizado às 20h30, Tiago Augusto, responsável da Unidade de Planeamento de Eventos, Protocolo de Estado e Gestão de Crises (UPPEC) do INEM, confirmou a existência de 15 mortos no acidente. Outras 18 pessoas ficaram feridas, cinco das quais em estado grave, tendo sido transportadas para vários hospitais da cidade de Lisboa.
