"Vimos uma pequena baleia a emergir." Dois cachalotes nascem nos Açores a 200 km um do outro
José Nuno Pereira assistiu a um dos nascimentos e conta a experiência à TSF. Veja as imagens.
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É um fenómeno pouco frequente, mas esta quarta-feira nasceram dois cachalotes nos Açores a apenas 200 quilómetros um do outro.
José Nuno Pereira é investigador de biologia marinha e co-fundador da Naturalist Science and Tourism, uma empresa de observação de baleias no Faial, teve a sorte de assistir a um destes nascimentos e descreveu a experiência à TSF.
"Estávamos a observar os cachalotes - eles repousam à superfície, mergulham, mostram a cauda - e havia um pequeno subgrupo que se encontrava em socialização, umas cinco ou seis baleias adultas, que se encontravam muito próximas e não estavam a mergulhar. Ora punham a cabeça de fora, ora mostravam um pouco da cauda. A dada altura, aproximámo-nos, começámos a observar melhor esse comportamento, a ação intensificou-se, as baleias começaram a ficar mais agitadas e, de repente, começamos a ver uma enorme mancha de sangue na água e percebemos que estava ali a acontecer algo de diferente. Mantivemo-nos com o distanciamento correto para dar espaço à vida selvagem para acontecer e ao fim de um pouco menos de 10 minutos vimos uma pequena baleia a emergir, ainda com um nadar um pouco desorientado, a vir ao de cima e a dar as suas primeiras respirações", conta.
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Maior foi a surpresa quando José Nuno Pereira chegou a casa e foi informado que a 200 quilómetros dali, na ilha de São Miguel, foi observado outro nascimento, registado no vídeo que pode ver mais abaixo.
José Nuno Pereira explica que a empresa que criou tem por finalidade unir investigação e turismo, sendo que as receitas servem para custear as atividades científicas.
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