A associação que representa a profissão pretende que haja regulamentação na atividade.
Corpo do artigo
"Buenos dias, damas y caballeros, estamos en la puerta principal de la ciudad de Faro..." A guia-intérprete Ana Dias apresenta a porta árabe que dá entrada para a muralha antiga da cidade. É o seu dia-a-dia: acompanhar e dar a conhecer aos turistas a história e os monumentos principais das localidades no Algarve.
Durante a pandemia a sua atividade esteve quase parada e nos últimos anos esta profissão tem passado algumas agruras."Em 2011 aparece uma célebre diretiva europeia chamada Bolkenstein, onde se dá o aconselhamento a que uma série de profissões ligadas ao turismo sejam desregulamentadas", explica Cristina Marreiros. A presidente da Associação de Guias Intérpretes do Algarve (AGIGARVE) sublinha que foi o que aconteceu com a sua profissão, dando azo a que "qualquer pessoas possa desempenhar essas funções".
TSF\audio\2021\06\noticias\01\maria_augusta_casaca_guias_interpretes
"Nós somos do tempo em que fomos formados, em que ainda tínhamos carteiras profissionais e certificação", lembra. Por esse motivo, em colaboração com a escola de Hotelaria do Algarve terá esta terça-feira início um curso de 600 horas em horário pós-laboral para quem queira aperfeiçoar-se ou ingressar na profissão. "Alguns de nós mais dia menos dia irão reformar-se e, por outro lado, há gente a trabalhar sem certificação", justifica
Cristina Marreiros, responsável pela AGIGARVE, lembra que o curso de guia intérprete nacional em 2011 passou para algumas universidades e tornou-se licenciatura. Mas, a nível regional, no Algarve, o curso não existe há mais de 20 anos. Na sua opinião, com o seu trabalho junto de quem nos visita, os guias-intérpretes são o rosto de um país perante os estrangeiros. Daí que a profissão necessite de ser valorizada e ter regras para ser dignificada.
13790769