Violência. APAV destaca crimes "mais complexos" em 2024, mas com "crescente apoio às vítimas"
O presidente da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima destaca, referente ao ano de 2024, "o crescente apoio às vítimas", mas também a maior "complexidade de alguns casos criminais e da violência"
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Para o presidente da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), 2024 foi um ano marcado por avanços em relação à defesa das vítimas, mas também um ano cheio de desafios.
João Lázaro começa por destacar a aprovação da estratégia nacional para os direitos de vítimas de crime, um documento que diz ser importante "pela sua visão integrada e transversal, que precisa de ser executada".
Noutro ponto positivo deste ano, indica o "crescente apoio às vítimas no âmbito do sistema de justiça, ou seja, através dos acompanhamentos que os técnicos de apoio à vítima da APAV fazem nos tribunais, nos espaços judiciários e na polícia". O presidente da APAV sublinha ainda o sucesso dos gabinetes de apoio à vítima que "apresentam resultados positivos cada vez mais comprovados".
No entanto, 2024 revelou ser também um ano com uma "crescente complexidade de alguns casos criminais e de violência". João Lázaro culpa as novas plataformas digitais que trouxeram com elas problemas como o stalking.
No próximo ano, a APAV espera o fortalecimento dos direitos das vítimas, o que inclui a "revisão profunda do estatuto da vítima de crime", na opinião de João Lázaro. O presidente da APAV traça também como objetivo para 2025 o alargamento da rede de apoio à vítima, não só em número de gabinetes, mas também evoluindo para outro tipo de crimes como, por exemplo, tráfico humano.