O Município de Viseu apresentou um plano para resgatar o património do casco velho da cidade. Serão dez anos de obras, que para além de reabilitarem os velhos edifícios querem afirmar a cidade como polo de saber em obras de regeneração urbana. Ao todo são 93 hectares de área de reabilitação urbana, 150 prédios degradados e no conjunto 1123 edifícios para reabilitar.
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Nos últimos dois anos já foram intervencionados 80 prédios e a autarquia apresentou agora um "plano de resgate da cidade" para recuperar os edifícios degradados do casco velho "dando melhores condições de vida a quem lá mora", explica Raimundo Mendes da Silva, um dos mais conceituados especialistas em reabilitação urbana e que irá supervisionar todas as operações.
Serão dez anos de obras que a arquiteta Ana Pinho; que desenvolveu um "estaleiro escola" vê como uma oportunidade para criar emprego e saber em torno da reabilitação urbana".
Essa é também a opinião de Almeida Henriques. O autarca viseense diz que "a cidade quer afirmar-se como um exemplo da regeneração urbana numa oportunidade que ajudará a que as empresas de construção mudem a agulha para a reabilitação urbana e criem novas competências que permitam afirmar Viseu".
O município de Viseu será o primeiro a dar o exemplo e vai recuperar os edifícios do Orfeão, da Casa das Bocas e Primavera, na travessa de S. Domingos. O financiamento será feito com fundos comunitários e verbas públicas e privadas.
O plano tem cinco fases. Inventariação e estudo, acompanhados de ações de apoio aos residentes que visem a manutenção preventiva do edificado. Será criado um gabinete que dará conselhos, fará diagnósticos e ajudará na reabilitação.
Depois de concluída a reabilitação, daqui por dez anos será feita uma candidatura ao selo de "Património da Humanidade" da UNESCO e de uma estratégia de valorização patrimonial da cidade.