Iniciativa inédita num ano em que a pandemia limita o cumprimento das tradições pascais.
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É no ar que este ano se vai fazer a visita pascal na diocese de Viseu. Duas avionetas vão andar pelos céus, substituindo os padres e os anunciadores pascais que este ano, mais uma vez, não podem levar a cruz a casa das pessoas devido à pandemia da Covid-19.
Esta visita pascal aérea foi batizada de "Há anúncio no ar". Resulta de um juntar de esforços do Bispo de Viseu e dos padres da diocese, que contrataram uma empresa de aviação para realizar esta operação.
"É uma iniciativa que procura responder de uma forma segura e criativa à suspensão às cerimónias em formato tradicional, como habitualmente temos, e também a este confinamento obrigatório, que nos é imposto. No fundo é fazer chegar o anúncio pascal às pessoas de forma aérea", explica o porta-voz do grupo organizador, o padre João Zuzarte.
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As duas aeronaves vão para o céu às 15h00. Durante quatro horas vão percorrer a diocese de este a oeste. À passagem por cada localidade vão também ouvir-se os sinos a rebate das diversas Igrejas a anunciar a chegada da avioneta.
"Estamos a trabalhar para que chegue ao maior número de pessoas possível e que esta iniciativa seja divulgada para no fundo fazer esta visita pascal área e levar essa alegria que as pessoas estão a precisar nestes tempos difíceis", afirma o sacerdote.
Segundo João Zuzarte, esta é uma iniciativa "inédita" tanto no formato, como nos moldes em que vai decorrer.
"Também tem esse objetivo de ser algo diferente. O Papa [Francisco] pede à Igreja para ser criativa", realça.
O anúncio pascal "Cristo ressuscitou, aleluia!" é feito por norma à entrada do compasso em cada habitação. Em pleno confinamento, e na diocese de Viseu, este ano esse anúncio vai ser feito pelas duas avionetas, que vão levar essa mensagem numa faixa.
"Cristo ressuscitou, aleluia! é aquela [mensagem] que levamos e que os anunciadores pascais levam quando vão a casa das pessoas. É sempre isso que começamos por dizer. Essa mensagem sintetiza tudo aquilo que estamos a viver neste tempo", conclui o padre João Zuzarte.
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