Em doze horas de interrogatório a inquirição mais longa foi a do primeiro a ser ouvido. O diretor do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Manuel Jermela Palos, foi ouvido durante cinco horas. Ao que a TSF apurou, o diretor do SEF está indiciado pela prática de dois crimes de corrupção passiva.
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O juiz de Instrução Criminal Carlos Alexandre ouviu apenas três dos onze arguidos detidos. Faltam oito interrogatórios. O segundo a ser interrogado foi um funcionário do Instituto de Registos e Notariado de Tábua, o nome não foi revelado, mas este funcionário público, sabe a TSF junto de fonte judicial, é suspeito de práticas de corrupção.
O terceiro a ser ouvido foi um cidadão de nacionalidade chinesa, um investidor, empresário chinês que terá beneficiado dos vistos "gold" atribuídos pelo Estado português para, alegadamente, branqueamento de capitais e corrupção ativa
Na manhã de Domingo o interrogatório recomeça pelos outros dois empresários chineses. Para o final da lista de interrogatórios do Juiz Carlos Alexandre está António Figueiredo, o Presidente do Instituto de Registos e Notariado. Há-de ser o último a ser ouvido.
Todos os onze arguidos detidos vão por enquanto continuar detidos uma vez que só no final de todos serem ouvidos, ou seja, no final dos onze interrogatórios o juiz decide que medidas de coação se aplicam a cada um destes arguidos.
É importante sublinhar que nesta fase processual nenhum dos arguidos está acusado de nada, nem pronunciado de nada. Esta é a fase de inquérito liderada pelo Ministério Público a quem compete a ação penal ou seja não estão acusados, nem condenados também não estão presos, estão detidos para interrogatório perante o juiz. São pessoas sobre as quais recaem suspeitas da prática de crimes, ou seja indiciados até ao anúncio das medidas de coação