Vítimas do surto de legionella não têm ligação entre si. Fonte de contágio é desconhecida
Mais de 60 pessoas contraíram a doença dos legionários, em circunstâncias ainda por determinar. Surto já fez cinco vítimas mortais.
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Há um surto de legionella numa das regiões de alto risco da Covid-19 em Portugal, nesta altura, o eixo Póvoa de Varzim-Vila do Conde-Matosinhos. O surto, cuja origem ainda está por identificar, já fez cinco mortos e pelo menos 64 pessoas infetadas.
As vítimas mortais, que têm entre 85 e 92 anos, viviam em Vila do Conde, Póvoa do Varzim e Matosinhos e não tinham qualquer ligação entre si.
As autoridades estão agora a tentar identificar a origem do surto de legionella. O Jornal de Notícias avança que a fonte considerada mais provável é uma torre de refrigeração entre o sul do concelho de Vila do Conde
e o norte de Matosinhos.
Os infetados são quase todos idosos com idades entre os 80 e os 90 anos, que pouco saem de casa devido à pandemia de Covid-19. Há doentes internados no Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde, no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, bem como no Hospital de São João, no Porto.
A diretora-geral da Saúde pede às pessoas com sintomas da doença do legionário para consultarem a linha SNS24. A legionella provoca sintomas como febre, tosse seca, dificuldades respiratórias, dores musculares e de cabeça.
Portugal regista uma média anual de 200 casos de legionella, uma bactéria que se desenvolve em temperaturas quentes e em águas estagnadas. A doença contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares. A maioria das infeções está relacionada com focos em chuveiros, torneiras e termoacumuladores.
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