Mayan lembra o papel do voluntariado em tempos de crise, com mais portugueses a pedir ajuda.
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Na reta final da campanha, Tiago Mayan Gonçalves dedicou o 11.ª dia a uma das suas grandes paixões: o voluntariado. Depois de várias conversas online com associações, ao longo do dia, o candidato dirigiu-se à Refood Foz do Douro.
A instituição combate o desperdício alimentar, ajuda famílias carenciadas e passou, desde 2014, a ser uma das causas do candidato .Mayan ajudou a fundar a primeira Refood fora de Lisboa e assume que é uma "espécie de faz tudo" na associação.
Os jornalistas ficaram à porta, pelo contexto pandémico, mas, antes de entrar, Mayan explicou a sua função. "Vou fazendo algumas coisas de biscate. Sou um faz tudo, além do trabalho de voluntariado no terreno. Neste contexto pandémico o trabalho tem sido muito mais difícil", admitiu.
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Tiago Mayan despiu o fato e a gravata, e arranjou o autoclismo e o frigorífico da associação. Em tempos normais, eram 300 voluntários, mas a pandemia mudou as contas.
"Há menos voluntários pelo contexto da pandemia. O voluntariado depende de pessoas disponíveis, como reformados, que agora não podem colocar em risco a sua saúde. Mas os portugueses têm vontade de colaborar", explicou.
Mayan não perdeu a vontade, até porque, diz o candidato, cada vez mais portugueses precisam de ajuda. "O que temos visto é o mesmo da crise anterior: pessoas que não têm qualquer apoio, porque não necessitavam, eram de classe média e agora estão em sérias dificuldades. Precisam deste tipo de apoio", lamentou.
Marcelo Rebelo de Sousa definiu com um dos objetivos do mandato reduzir as pessoas sem abrigo, em Portugal, mas Mayan diz que não passaram de palavras.
"De facto, essa foi uma das bandeiras do atual Presidente da República. Pelo que ouvi hoje, a situação até se agravou. Independentemente do discurso, temos de ser consequentes com as palavras, e não vejo Marcelo a fazer isso", apontou.
O atual Presidente, de resto, já assumiu que é improvável cumprir a meta de pôr fim ao problema até 2023, uma vez que a nova crise financeira agravou a situação no país.
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