Os voluntários qualificados, que são em número considerável, não conseguem ser rentabilizados pelas várias organizações não governamentais.
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São jovens no desemprego, trabalhadores no activo e pessoas com «reformas antecipadas» que têm «competências e capacidades de trabalho muito evoluídas e que podem oferecer tempo e saber às instituições», disse a coordenadora social da Entreajuda.
O problema é que as instituições sociais não estão ainda preparadas para acolher estas pessoas, segundo Helena Presas.
«Nas instituições, a fidelização dos voluntários depende da maneira como se adere ao projecto e se veste a camisola e se se é bem integrado nas equipas. Está ainda muito nas mãos da boa vontade ou do jeito pessoal de algumas pessoas que estejam dentro destas instituições», afirmou.
Arrumar a casa é o ponto de partida para que este voluntariado de competência possa entrar nas instituições.
Muitas «não têm um contabilista que lhes faça bem as contas, não têm um designer que lhes faça um logótipo como deve ser, não têm uma pessoa que saiba marketing que as divulgue», diagnosticou, rematando: «Também sabemos que hoje em dia o que não se vê não existe».
A bolsa online da Entreajuda já conta com mais de 22 mil voluntários disponíveis, mas muito desencantados, de acordo com Helena Presas.