
Trabalhadores da Groundforce
António Contrim/Lusa
O balanço é feito pelo SITAVA que diz que a situação pode complicar-se com o avançar do dia e provocar inclusive o cancelamento de voos. Já a ANA e a Grounforce dizem que as operações estão a decorrer com normalidade.
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Nos aeroportos portugueses já se começam a verificar alguns constrangimentos nos voos devido à greve dos trabalhadores da Groundforce.
O balanço é feito pelo Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA). Ouvido pela TSF, Fernando Henriques, do SIAVA, dá conta de atrasos nos primeiros voos da manhã entre os 30 minutos a uma hora.
Adianta o dirigente sindical que, a manter-se esta situação e tendo em conta o "efeito de bola de neve", ao longo do dia "os atrasos serão maiores e podeerão levar a alguns cancelamentos de voos".
O SITAVA diz ainda que os níveis de adesão à greve estão muito acima do esperado. Em Lisboa, diz Fernando Henriques, "a adesão ronda os 90% na placa e nos terminais e os 60% na área dos passageiros". No aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, "a adesão ronda os 75%, com algumas áreas nos 90%", nomeadamente, nos passageiros e nas placas do aeroporto, indicou o dirigente.
Contactada pela Lusa, fonte da ANA - Aeroportos de Portugal afirmou que "esta greve não está a causar qualquer impacto operacional até ao momento", contrariando assim o primeiro balanço efetuado pelo sindicato.
No entanto, e antevendo alguns constrangimentos, desde sexta-feira que a ANA está a recomendar aos passageiros que façam o check in pela Internet e que se desloquem para os aeroportos com maior antecedência durante o fim-de-semana.
Também a Groundforce, contactada pela agência Lusa, diz que a greve "não está a ter nenhum impacto" nos aeroportos, quer de Lisboa, quer do Porto. "Não há atrasos, nem cancelamentos, nem bagagens em terra. Está tudo a decorrer dentro de um dia normal, em pleno mês de agosto", assegurou a mesma fonte.
Com esta greve, os trabalhadores da SPdH - Serviços Portugueses de Handling (Groundforce Portugal) contestam a "postura de desrespeito" da empresa de assistência em terra e reivindicam a revisão dos horários de trabalho e dos salários e o fim da precariedade laboral.