À agência Lusa, o autarca diz que há um «entendimento tácito» entre Portas e Sócrates e que só Passos Coelho não está comprometido com os últimos 16 anos de «descalabro».
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O presidente da câmara de Gaia considerou que «votar em Paulo Portas é votar em Sócrates» e criticou o «entendimento tácito» que parece existir entre os líderes do PS e do CDS-PP.
Luís Filipe Menezes considera que os portugueses querem ver esclarecido se «como aparenta, Paulo Portas está disponível para, numa eventualidade que não vai acontecer, ser a muleta de Sócrates».
«Tudo aponta para que haja uma certa comiseração e até um certo entendimento tácito de Paulo Portas com Sócrates», afirmou o autarca, horas antes do debate televisivo entre Portas e Sócrates na televisão.
Em declarações à agência Lusa, Menezes explicou que «quem no centro está farto de Sócrates e considera que o país precisa de mudar sabe que, aritmeticamente, o voto de hesitação no dr. Portas é votar no eng. Sócrates».
«Só há dois candidatos a primeiro-ministro e não adianta a Portas dizer que é candidato que isso é uma brincadeira. Também podia que era candidato a secretário-geral da ONU que vale o que vale», adiantou.
Luís Filipe Menezes recordou ainda que «entre os que se afirmam como candidatos a primeiro-ministro, só um é que não está comprometido com estes 16 anos de descalabro que é Passos Coelho».
«O eng. Sócrates está comprometido com 12 anos de má governação socialista, como primeiro-ministro e ministro, e Paulo Portas está comprometido como uma governação que ainda hoje é um fantasma que o persegue permanentemente», concluiu.