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A Altice pediu, esta segunda-feira, a demissão do presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), João Cadete de Matos, pela forma como tem conduzido a implantação do 5G em Portugal.
O presidente da Altice, Alexandre Fonseca entende que "se temos o Governo a dar recados a dar recados graves e bem incisivos à postura do regulador", se os governos regionais estão "preocupados" e os fabricantes tecnológicos "a nível mundial a dizerem que Portugal está irremediavelmente atrasado", é necessário tirar conclusões.
Alexandre Fonseca não tem dúvidas: no lugar do presidente da ANACOM, demitir-se-ia. Reportagem de José Milheiro.
Essas conclusões são, para Alexandre Fonseca, fáceis de identificar: "No caso particular, obviamente que me demitiria."
5G bloqueado pela TDT
A implementação do 5G em Portugal está, neste momento, dependente da libertação da frequência onde funciona, neste momento, a Televisão Digital Terrestre. Este é um processo longo e que, na opinião do presidente da Altice, será demasiado demorado.
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"Ainda está a decorrer a consulta pública da ANACOM aos operadores sobre o tema da TDT. Essa consulta pública vai ser respondida no final de setembro. Depois disso, passará certamente um ou dois meses até ser publicada uma decisão final e depois inicia-se o processo de migração do TDT dos 700 MHz para a nova frequência", explica o responsável.
Feitas as contas, a migração demorará "oito a nove meses" depois de novembro ou dezembro, o que significaria que o TDT só estará colocado nas novas frequências "algures depois do verão de 2020".
Alexandre Fonseca entende que, sem a banda dos 700 MHz, a nova geração móvel será "muito limitada".