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A Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap), da UGT, anunciou esta terça-feira que vai desconvocar a greve marcada para 12 de novembro e que pediu ao Governo uma reunião para esclarecer o futuro do aumento do salário mínimo nacional.
"Estamos cansados de anúncios e queremos que os problemas sejam verdadeiramente resolvidos. Não fazemos greve porque sim, fazemos quando os motivos da greve podem ser respondidos", afirmou o secretário-geral, José Abraão, numa conferência de imprensa, em Lisboa, após uma reunião do Secretariado Nacional da federação para analisar a situação política face ao chumbo parlamentar da Proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2022.
A Fesap disse ter pedido uma reunião ao primeiro-ministro e à ministra da Administração Pública para saber "com o que é que os trabalhadores da administração pública podem contar" quanto ao aumento do salário mínimo nacional, face a um cenário de duodécimos em resultado da não aprovação do orçamento.
O presidente da Fesap, José Abraão, explica à TSF que decidiram não avançar com a greve porque não há a quem exigir medidas.
"Suspendemos as ações de luta que estavam programadas para este período até ao dia 25 de novembro, na expectativa de um Orçamento melhor", afirma.
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Ouça as declarações de José Abraão à TSF
Quanto ao facto de a Frente Comum, ligada à CGTP, ter decidido, ainda assim, manter a greve de dia 12, José Abraão prefere pedir compromissos aos partidos que querem ser governo a seguir.
"Havendo eleições antecipadas, não nos queremos meter nesta contenda eleitoral. Fazemos uma exigência aos partidos políticos que nos seus programas eleitorais sejam claros e objetivos relativamente àquilo que se pretende para o trabalho no nosso país", refere, sublinhando que "se esta discussão for feita com propostas concretas que depois sejam cumpridas, acho que estamos a enriquecer a nossa democracia".
José Abraão faz um pedido aos partidos políticos para "enriquecer a democracia"
* Notícia atualizada às 13h30