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A Business Roundtable Portugal, nova associação empresarial, tem como presidente Vasco de Mello (da José de Mello) e na vice-presidência estão Cláudia Azevedo (da Sonae) e António Rios de Amorim (da Corticeira Amorim).

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Aapresenta-se como uma associação empresarial que quer contribuir para que Portugal regresse à tabela dos 15 países mais ricos da União Europeia, mas para isso é preciso trabalhar em 3 pilares.
As pessoas, as empresas e o Estado vão ser as três apostas de trabalho da associação e do seu presidente, Vasco de Mello, que espera que este compromisso dos empresários ajude Portugal a crescer muito mais. "Um Portugal onde as PME (Pequenas e Médias Empresas) ambicionem serem grandes e as grandes empresas ambicionem serem globais".
Para que isso aconteça não podem ser esquecidos os 16 mil milhões de euros dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência. A associação promete estar atenta ao PRR, "para não aplicar as mesmas receitas do passado simplesmente com mais dinheiro", sublinha Cláudia Azevedo da SONAE.
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A BRP espera sobretudo que haja uma aposta nas pessoas com formação e educação porque metade do trabalho em Portugal pode vir a ser substituído por automatização com robots.
Quanto ao Estado, outro pilar da BRP, uma questão central são os impostos porque "a fiscalidade tem que ser um instrumento de incentivo ao desenvolvimento. Respostas concretas: vamos ter que aguardar o trabalho que vamos desenvolver", promete Vasco de Mello.
Ele também pede um "Estado que garanta um sistema judicial justo, célere, eficiente e simples".
Já nas empresas, Portugal regista uma notória falta de escala. Apenas 29% do volume de negócios (em 2017) era efetuado por empresas com mais de 250 trabalhadores.
Assim, António Rios de Amorim defende as grandes empresas como catalisador do tecido empresarial. Por outro lado, "para crescer mais a inovação é fundamental e acredito que um ecossistema formado por grandes empresas possa dar um grande contributo para acelerar a inovação e consequentemente o crescimento".
Este grupo de 42 líderes empresariais apresenta-se como uma mais valia e não quer rivalizar com as outras associações já existentes nem quer ter assento na concertação social. Mas a BRP diz que quer falar com o Governo e com os partidos políticos.

As 42 empresas da BRP
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