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A TAP e a CP poderão ficar mais vulneráveis sem as injeções previstas na proposta de Orçamento do Estado agora chumbada. Ao todo, estava previsto um capital de 2,8 mil milhões de euros para as duas empresas. Em entrevista na Manhã TSF, com Fernando Alves, Tiago Antunes, secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, admitiu: "Vamos ter de encontrar mecanismos para garantir a viabilidade e a sustentabilidade dessas empresas, que são essenciais ao funcionamento do país."
"Acima de tudo está o país. Acho que os portugueses estão um pouco baralhados com o facto de estarmos mergulhados numa crise política desnecessária e que era perfeitamente evitável e que nada justificaria. Nós tudo faremos para, em todos os domínios, naquilo que pudermos, garantirmos que o que é preciso para o país e o que é preciso para os portugueses seja feito."
Ouça a entrevista de Fernando Alves com Tiago Antunes.
A privatização da TAP não é, segundo Tiago Antunes, um cenário possível após o chumbo do documento orçamental. "Em relação à TAP, estamos a aguardar uma decisão de Bruxelas quanto à sua reestruturação, e creio que é isso que está em causa."
A pasta das Infraestruturas, de Pedro Nuno Santos, receberia dinheiro para novos comboios, para contratar 85 trabalhadores para a CP, para amortizar a dívida e diminuir o endividamento e para aumentos salariais, "para fazer a revisão do acordo de empresa da CP e para fazer a revisão salarial na IP, que é uma reivindicação justa dos trabalhadores", defendeu o ministro, após a apresentação da proposta do OE.
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Estavam previstos 1800 milhões de euros para saldar alguma da dívida na Comboios de Portugal. Já na TAP seriam injetados 900 milhões de euros, tendo em vista a reestruturação da empresa. Em conjunto estavam previstos perto de 2,8 mil milhões de euros do OE 2022 para a CP e a TAP.

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