Miguel Frasquilho mantém todas as opções em cima da mesa. O administrador da TAP adianta que já seguiu pedido para isenções e reformas antecipadas. TAP quer voar em Maio e alarga vouchers a dois anos.
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No "momento mais delicado dos 75 anos de existência" da TAP, todas as opções estão em aberto:
"Nós não podemos excluir nenhuma possibilidade, desde o caso mais extremo da nacionalização aos pedidos mais simples que fizemos (ao Estado), todas as opções estão em cima da mesa", reconhece Miguel Frasquilho acrescentando ainda que "também vai depender da capacidade dos acionistas privados de poderem recapitalizar a empresa"
O presidente do Conselho de Administração da TAP adiantou, no Parlamento, que a transportadora aérea "já endereçou um pedido de auxílio ao Estado português", tendo expectativa de que possa ser conhecida "muito em breve" uma resposta.
Entre os pedidos estão a "isenção do pagamento do montante correspondente à taxa social única (TSU) a cargo da entidade empregadora, o pagamento de outro montante da taxa social única a cargo da entidade empregadora em prestações mensais contínuas e sucessivas" e ainda a isenção do pagamento das taxas aeroportuárias cobradas pela concessionária aeroportuária ANA pelo prazo de um ano. Foi ainda solicitada "a prestação de garantias pelo Estado português, pela Parpública ou pelo Tesouro diretamente, em montante a determinar para permitir a obtenção de liquidez ou o financiamento em mercado",
A TAP pretende ainda a "possibilidade de passagem à reforma de trabalhadores a partir dos 60 anos, portanto, reformas antecipadas", que "Miguel Frasquilho garante que "obviamente serão voluntárias".
Miguel Frasquilho adiantou ainda aos deputados que a TAP pretende efetuar o reembolso aos passageiros "maioritariamente ou apenas em 'vouchers'".
"Estamos a fazer maioritariamente o reembolso em 'vouchers', mas alargámos o período de utilização de um para dois anos e efetuamos uma majoração do valor do 'voucher' em 20%", explicou Miguel Frasquilho.
A TAP tem consciência de que qualquer apoio do Estado terá sempre um "condicionalismo associado".
Miguel Frasquilho adiantou ainda que a TAP quer voltar a voar para o Porto, Paris e Londres, em Maio,, mas vai depender se há condições ou não" para a realização desses voos.
"Eu estou certo que vamos encontrar a melhor solução para a TAP, para garantir o futuro da companhia que é um futuro muito importante e estratégico para o país", disse Frasquilho no Parlamento, onde foi chamado pelo Bloco de Esquerda a propósito do processo de layoff. O administrador da TAP disse que "infelizmente" a companhia teve de recorrer a este mecanismo.
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