
Cândida Almeida
A diretora do DCIAP apelou aos portugueses para denunciarem casos de corrupção, sublinhando que os únicos lesados são o Estado e os cidadãos.
Corpo do artigo
À margem da conferência "Ministério Público e o Combate à Corrupção", promovida pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), Cândida Almeida considerou que o crime de corrupção não tem vítimas diretas, sublinhando que tanto quem corrompe como quem é corrompido tem vantagens nesta ação.
Neste âmbito, defendeu Cândida Almeida, os únicos lesados são o Estado e os cidadãos, pelo que a denúncia deve ser reforçada.
«Importa lutar contra o fenómeno da corrupção, não só em sentido jurídico mas também no conceito sociológico e que abarque uma realidade criminal muito mais abrangente. Um dos maiores problemas que se coloca à investigação da corrupção prende-se com a inexistência de, aparentemente, vítimas concretas ou testemunhas que denunciem os factos», alertou.
Na sua intervenção, Cândida Almeida anunciou ainda que vai ser apresentado, esta quarta-feira, um manual de boas práticas para o combate à corrupção, a fim de orientar investigadores e cidadãos para a denúncia do crime.
[Texto escrito conforme o novo Acordo Ortográfico]