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No debate para as eleições presidenciais, frente a Vitorino Silva, Marcelo Rebelo de Sousa explicou que a pandemia foi um fator determinante para a sua recandidatura e que, em condições normais, a ideia "não era fazer dez anos" como Presidente da República.
"Não era possível sair a meio de uma pandemia, tendo decretado o estado de emergência. No dia 18, disse que não podia deixar o barco a menos que acontecesse um problema de saúde ou uma tragédia como a dos fogos", recordou.
A jornalista Judith Menezes e Sousa resume os pontos altos do debate entre Marcelo Rebelo de Sousa e Vitorino Silva
O chefe de Estado notou ainda que, se vencer as eleições e no que depender do Presidente, "a legislatura deve durar até 2023". "Estamos em pandemia, vamos para uma crise económica e social profundíssima", lembrou no debate na RTP.

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Nas eleições de 2023, "o povo é quem mais ordena: se eleger esquerda, é esquerda. Se eleger direita, é direita".
O candidato Vitorino Silva, questionado sobre o mandato de Marcelo Rebelo de Sousa, assume que dá nota positiva ao Presidente da República. "Se fosse professor ou comentador político, daria nota 14", disse.
Vitorino Silva, mais conhecido como Tino de Rans, desafiou ainda o chefe de Estado a dar uma nota ao seu mandato. Marcelo atirou: "O comentador Marcelo morreu no dia em que foi eleito o Presidente Marcelo. Eu não voltarei a ser comentador", garantiu.
O popular e popular-populista de Tino de Rans
Vitorino Silva explica ainda a sua tese quanto aos candidatos mais populares das eleições presidenciais: Vitorino Silva, Marcelo Rebelo de Sousa e André Ventura.
"Há dois políticos muito carismáticos que é o Marcelo e que sou eu. Depois há outro, que tem algo a ver connosco, que é popular. Divido isto em três: o só popular, que sou eu; o popular-populista e o populista-popular", indica.
O candidato assume que "gosta muito" de Marcelo, e afirma que "a direita e a esquerda não vai a votos desta vez".
"Na casa onde nasci, quando subo a rua, a minha casa fica à direita. Quando desço, fica à esquerda. Depende se as pessoas vão a subir ou a descer", apontou.

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O debate terminou com Vitorino Silva a mostrar o seu "caderno de pensamentos" a Marcelo Rebelo de Sousa. "Há quem pense que tenho gurus e que trouxe uma grande equipa, mas não. Todos os meus pensamentos estão nestas folhas", explicou.
Apesar de as sondagens colocarem Marcelo perto dos 70 por cento dos votos, o atual Presidente da República afirma que "sondagens só no dia seguinte", e recusa cantar já vitória.
As eleições presidenciais realizam-se a 24 de janeiro, com sete candidatos: Marcelo Rebelo de Sousa, Ana Gomes, André Ventura, Marisa Matias, João Ferreira, Tiago Mayan Gonçalves e Vitorino Silva.