Acordo "vantajoso" para Portugal. Costa "perplexo" com críticas do PSD sobre gasoduto

O primeiro-ministro respondeu, esta manhã, às críticas do PSD que considera que Portugal sai a perder com o acordo com Espanha e França. Costa acusa Paulo Rangel de "nada saber" sobre o assunto.

Depois de ouvir, no fim de semana, as críticas do PSD, o primeiro-ministro contra atacou, esta manhã, manifestando a surpresa perante a acusação de que este acordo prejudica o interesse nacional.

"Estou absolutamente perplexo com o que ouvi ao longo deste fim de semana pelo PSD e por outras pessoas que tinham a obrigação de ser minimamente informadas sobre este acordo. O PSD não me surpreende propriamente, porque há 15 anos foi contra as energias renováveis e, ainda há cinco anos, era contra o hidrogénio verde e, portanto, é natural que esteja contra a existência de um corredor verde para a energia," respondeu António Costa aos jornalistas, à margem de uma conferência sobre competências digitais no Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE).

Mas o tom mais duro seguiu para o vice-presidente social-democrata Paulo Rangel que protagonizou as duas conferências de imprensa deste fim de semana.

"Infelizmente o Dr. Paulo Rangel já nos habituou a ser uma pessoa que não olha a meios para dizer não importa o quê, para atacar o adversário. Ele não sabe nada sobre energia, ignora totalmente o que tenha a ver com este acordo e ao longo dos anos, se for rever o que ele já disse sobre tudo e mais alguma coisa verificará que a taxa de reprovação de Paulo Rangel é muito elevada," acusou o primeiro-ministro que questionado sobre se tenciona ir ao Parlamento responder às dúvidas, na quinta-feira, como propôs o PSD, respondeu que nesse dia "se debate o Orçamento do Estado."

António Costa rejeitou que Portugal saia prejudicado pelo acordo sobre as interconexões de energia e garantiu que apesar do anterior documento, assinado pelo governo de Passos Coelho ser "belíssimo", não era viável por ter sido rejeitado pelo regulador francês, por questões ambientais.

António Costa sublinhou que "o que estava a bloquear as interconexões é o que tem a ver com o gasoduto" e que com este acordo poderá avançar "um gasoduto vocacionado para o hidrogénio "verde" ou outros gases renováveis e que, transitoriamente, pode ser utilizado para o transporte de gás natural até uma certa proporção."

O primeiro-ministro disse ainda que na reunião de 9 de dezembro entre Portugal, Espanha e França estará também presente a Comissão Europeia com quem os três países pretendem negociar o financiamento deste projeto que, admite Costa, "vai demorar alguns anos."

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