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Ana Gomes pede ao Ministério Público que volte a avaliar o processo de legalização do Chega e que considere a eventual extinção do partido de André Ventura.
Numa longa carta à qual a TSF teve acesso dirigida à Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, Ana Gomes quer também que seja investigada a origem do financiamento do Chega e de quem o lidera.
Participação que fiz a PGR. Jornalistas pedem-me comentários: Já fiz muitos. Só tenho mais uma pergunta, sobretudo dirigida a PGR, Tribunal Constitucional, Governo e PR: "Mas então a Constituição e a Lei não são para cumprir neste país?" https://t.co/DW1nhurpKD
Na perspetiva de Ana Gomes, o processo deve também incluir uma investigação às agressões e ameaças de agressões e ao incitamento à violência contra jornalistas e outros, como ela própria.
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Neste ponto em concreto, a antiga candidata presidencial recorda ofensas de que foi alvo, por parte de André Ventura e outros dirigentes do Chega durante a recente campanha eleitoral das presidenciais.
Ana Gomes afirma ainda que o Ministério Público e o Tribunal Constitucional não podem continuar a fugir às responsabilidades que lhes competem, lembrando que é da sua competência requerer a extinção de partidos políticos qualificados como partido armado ou de tipo militar, militarizado ou paramilitar, ou como organização racista ou que perfilha a ideologia fascista.
Contactado pela TSF, o Ministério Público confirma a receção da carta, sublinhando que "a mesma encontra-se em análise".
Já o Tribunal Constitucional esclarece à TSF que "nesta como noutras matérias, não atua oficiosamente".