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O ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, adiantou esta quarta-feira que haverá "um reforço bastante significativo" da cooperação militar com Moçambique na área da formação ainda no primeiro semestre do ano.
João Gomes Cravinho respondia a questões dos jornalistas nas instalações do Comando Conjunto de Operações Militares do Estado-Maior General das Forças Armadas, em Oeiras, juntamente com o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, almirante Silva Ribeiro.
Portugal prevê empenhar um contingente de 1.706 militares em ações externas em 2021, num total de 27 missões internacionais, assim como 75 viaturas, sete aeronaves e seis navios por parte dos três ramos das Forças Armadas: Marinha, Exército e Força Aérea.
Portugal vai reforçar cooperação com Moçambique. Reportagem de Rui Polónio.
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"No caso de Moçambique, não será uma FND do ponto de vista técnico. Será um reforço bastante significativo da nossa cooperação, dedicado à formação. Estamos a trabalhar na sua definição exata. É um trabalho feito em estreitíssima coordenação com as autoridades moçambicanas", afirmou o responsável pela tutela.
Gomes Cravinho referia-se ao pedido de auxílio de Moçambique, já formalizado junto da União Europeia, para o combate ao terrorismo jihadista na região norte do país, especificamente em Cabo Delgado.

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"Não tenho uma data específica. Estou a trabalhar com o ministro da Defesa de Moçambique para uma visita dele a Portugal na sequência da minha visita de dezembro e nessa ocasião assinaremos o programa-quadro. Durante este mês de janeiro irá intensificar-se o diálogo e espero que, durante o primeiro semestre (março/abril), seja já possível iniciar as atividades de formação", anteviu.
Questionado sobre o orçamento para as Forças Nacionais Destacadas, em 2021, Gomes Cravinho disse que houve um aumento de 5% (para 65 milhões de euros): "O acréscimo deve-se àquilo que nós queremos que seja o reforço da nossa capacidade de projeção de FND. Temos vindo a receber muitas solicitações devido à elevada qualidade do desempenho dos nossos militares em missões internacionais. Não podemos, infelizmente, corresponder a todas, por razões financeiras e até de capacidade das Forças Armadas, mas procuramos aumentar um pouco a projeção", disse.