Discussão entre Costa e ex-autarca do CDS "não teve qualquer articulação" com o partido
Centristas rejeitam "qualquer ligação, instrução ou articulação" entre o partido e os confrontos no Terreiro do Paço que envolveu antigo autarca centrista e António Costa.
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O CDS demarcou-se, esta sexta-feira, de qualquer envolvimento no confronto entre um homem - identificado como antigo autarca do CDS - e o secretário-geral do PS, António Costa.
Numa nota divulgada esta noite, os centristas classificam como grave "o ataque proferido ao CDS por vários dirigentes do PS", que no Facebook identificaram Joaquim Elias como antigo autarca do CDS na extinta freguesia de São José.
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Os centristas confirmam que o indivíduo em questão já foi autarca do CDS mas ressalvam que o episódio do Terreiro do Paço, em Lisboa, não teve "qualquer ligação, instrução ou articulação com o partido".
Face às acusações de António Costa, que acusou a "direita" de ter plantado este confronto, o CDS responde que não criou qualquer situação, não teve conhecimento nem foi conivente.
"Se algum partido ou líder quer desculpar uma atitude menos reflectida, não procure no CDS uma justificação para o que é injustificável. Depois de uma atitude desproporcionada, António Costa decidiu acusar sem provas e de forma absolutamente reprovável um partido político fundador da democracia. Não vale tudo em campanha eleitoral. Nós honramos a herança que recebemos dos fundadores do nosso partido", atiram os centristas.
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No texto, o CDS repudia ainda "qualquer acto de agressão, física ou verbal, em qualquer circunstância e mais ainda em período de campanha eleitoral", recordando que Assunção Cristas foi também alvo de uma tentativa de agressão.
Leia o comunicado do CDS na íntegra:
"1. Soubemos pela comunicação social que o homem que questionou esta tarde António Costa estava ligado ao CDS. De imediato averiguamos. Perante a gravidade e dimensão do ataque proferido ao CDS por vários dirigentes do PS nas redes sociais, esta nota é exigível, mesmo estando já encerrada a nossa campanha.
2. O CDS rejeita e repudia veementemente qualquer tipo de insinuação de que teríamos montado o incidente, como infelizmente temos visto da parte de dirigentes do PS.
3. Confirmamos que há anos o senhor foi autarca do CDS numa Junta de Freguesia. Esclarecemos que a sua atuação não teve qualquer ligação, instrução ou articulação com o partido, que a ela é completamente alheio. Não criámos qualquer situação, não tivemos qualquer conhecimento nem fomos coniventes.
4. Rejeitamos e repudiamos qualquer acto de agressão, física ou verbal, em qualquer circunstância e mais ainda em período de campanha eleitoral, como de resto foi referido pela Presidente do CDS durante a campanha, ela própria alvo de vários ataques verbais e um também físico.
5. Se algum partido ou líder quer desculpar uma atitude menos reflectida, não procure no CDS uma justificação para o que é injustificável. Depois de uma atitude desproporcionada, António Costa decidiu acusar sem provas e de forma absolutamente reprovável um partido político fundador da democracia.
Não vale tudo em campanha eleitoral. Nós honramos a herança que recebemos dos fundadores do nosso partido."